domingo, 28 de abril de 2013

Como as Artes Plásticas retratam os índios ao longo da História do Brasil

Imagem 1/10: Os índios são ao mesmo tempo espectadores e personagens, em "A primeira missa no Brasil", quadro de 1861, do pintor Victor Meirelles (1832-1903), apresenta uma visão idealizada do episódio narrado por Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei dom Manuel, que ajudou a formar o imaginário histórico brasileiro.Adicionar legenda

Imagem 2/10: Iracema, a virgem dos lábios de mel, personagem do romance de José de Alencar, inspirou este quadro ao pintor José Maria de Medeiros (1849-1925), que se encontra no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O Indianismo - muito conhecido em seus aspectos literários - também se manifestou na pintura.. 

Imagem 3/10: Personagem do romance homônimo de José de Alencar, obra-prima do Romantismo brasileiro, Iracema também seduziu o pintor e ilustrador Antônio Parreiras (1860-1937), que também criou sua versão da virgem dos lábios de mel, ressaltando a tristeza e o abandono que a consomem.

Imagem 4/10: O pintor Albert Eckhout (1610-1666) veio para Pernambuco em 1637, na comitiva de Maurício de Nassau, com a missão de retratar o Novo Mundo, seus habitantes, sua fauna e sua flora. A "Dança dos Tapuias", uma de suas obras primas, encontra-se atualmente no Museu Nacional de Dinamarca.

Imagem 5/10: "A morte de Lindoia", de José Maria de Medeiros(1849-1925), retrata o episódio do poema épico "O Uraguai", de Basílio da Gama, em que o irmão da índia mata - tarde demais - com uma flechada a serpente que ela usou para se suicidar. Medeiros procura captar o espírito do autor que diz ser bela a morte em Lindoia.

Imagem 6/10: Entre 1554 e 1567, os índios do litoral do sudeste brasileiro se rebelaram contra os portugueses no episódio que ficou conhecido como Confederação dos Tamoios e deu origem ao poema homônimo de Gonçalves de Magalhães, no qual se inspirou o pintor Rodolfo Amoedo (1857-1941) para pintar este "O último tamoio", que retrata a morte do cacique Aimberê.

Imagem 7/10: "Moema", de Victor Meirelles (1832-1903), é baseado no poema épico "Caramuru", de José de Santa Rita Durão. A índia, apaixonada por Diogo Álvares Correia, o Caramuru, ao vê-lo regressar à Europa, atira-se na água e nada atrás do navio até perder as forças e afogar-se. A maré deposita na praia seu corpo sem vida.

Imagem 8/10: "Índios em uma fazenda de Minas Gerais", do artista alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), que veio ao Brasil em 1821, com a expedição do barão Langsdorf, permanecendo por aqui três anos. Fez desenhos a grafite e bico-de-pena de tipos brasileiros, índios e negros, bem como documentou paisagens e espécies vegetais.

Imagem 9/10: "Caboclo", de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retrata um mestiço que, a rigor, já teria deixado a vida selvagem e aderido à civilização, mas esses limites talvez fossem muito difíceis de se ver no Brasil, em especial aos olhos de um francês. Mas Debret não faz julgamentos, apenas retrata.

Imagem 10/10: Índios bororos, no traço objetivo e delicado de Hercules Florence (1804-1879), artista, inventor e pioneiro da fotografia, que percorreu o Brasil com a expedição do Barão Langsdorf, entre 1825 e 1829, perfazendo um trajeto de 13 mil quilômetros. Produziu uma quantidade imensa de imagens de enorme valor antropológico.
Fonte :
http://educacao.uol.com.br/album/2013/04/19/como-as-artes-plasticas-viram-os-indios-ao-longo-da-historia-do-brasil.htm#fotoNav=1

Prémio ABCA 2012 - Associação Brasileira de Críticos de Arte, resultado.


Colunista :
César Romero, 28/04/2013

Acaba de ser divulgado, em São Paulo, o resultado do Prêmio ABCA – 2012, maior acontecimento nacional de premiação a importantes nomes das diversas áreas da esfera das artes visuais. A Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) foi criada em 1949 e passaram pela associação mais de quatro centenas de especialistas. 

Os Prêmio ABCA, em dez categorias,  nominam personagens de importância na área cultural. São 150 associados de todo o Brasil que indicam e votam secretamente. Além dos prêmios serão homenageados como destaque especial: Jacob Klintowitz (SP), Museu Brasileiro da Escultura - MUBE (SP) e o Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG (MG) . Homenagem especial para o Museu de Arte Contemporânea MAC - SP,  por seus 50 anos; e os artistas Tomie Ohtake (SP) e Marcelo Grassman (SP). Os prêmios serão entregues no dia 28 de maio, às 20h, no Sesc Vila Mariana.

Os dez premiados: Prêmio Gonzaga Duque (destinado a crítico associado por atuação no ano) – Ângela Ancora da Cruz (RJ). É professora e crítica de arte, lecionando na pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ. No último ano, organizou o seminário sobre a Crítica de Arte na Contemporaneidade para a ABCA e com a participação da EBA/UFRJ.


Prêmio Sergio  Milliet (autor/a por pesquisa publicada) - Almerinda da Silva Lopes (ES), pela publicação de Artes Plásticas no Espírito Santo: 1940-1969. Ensino, Produção, Instituições e Crítica. Vitória: Editora Ufes, 2012.  Prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea) - Adriana Varejão (RJ), pela mostra Adriana Varejão – História às Margens, sob a curadoria de Adriano Pedrosa, inaugurada em setembro de 2012, no MAM de São Paulo, e, em março deste ano, no MAM do Rio de Janeiro.


Prêmio Ciccillo Matarazzo (personalidade atuante no meio artístico) - Ricardo Ohtake (SP). Formou-se em Arquitetura na FAU-USP, mas há quatro décadas se dedica à cultura. Com a mãe, Tomie, e o irmão Ruy criou, em 2001, o Instituto Tomie Ohtake e é seu diretor.

Prêmio Mário de Andrade (trajetória de crítico filiado ou não)
Houve empate na votação e ganharam: Aline Figueiredo (MS). Crítica e animadora cultural. Revelou a arte do Brasil Central, tendo promovido a I Exposição de Pintura dos Artistas Mato-Grossenses (1966), em Campo Grande. Paulo Herkenhoff (RJ). Bacharel em Direito é museólogo e crítico de arte. Foi curador do Museu de Arte Moderna de Nova York e diretor do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. É curador do novo Museu de Arte do Rio (MAR). Publicou diversos livros.

Prêmio Clarival do Prado Valladares (artista pela trajetória) - Regina Silveira (SP). É bacharel em pintura pela UFRGS e Licenciada em Desenho pela PUC-RS. Obteve renome internacional por suas instalações monumentais, participando das mais importantes Bienais de Artes Visuais.

Prêmio Maria Eugênia Franco (curador/a pela exposição) - Olívio Tavares de Araújo (SP). Pela curadoria da mostra Di Cavalcanti: Brasil e Modernismo, no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, de 6 de dezembro de 2012 a 17 de fevereiro de 2013.  Prêmio Rodrigo Mello e Franco (instituição pela programação) - Instituto Moreira Salles (SP–RJ). Fundada há 20 anos,  é uma entidade civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento de programas culturais. Prêmio Paulo Mendes de Almeida (melhor exposição) - Guerra e Paz, de Portinari (RJ-SP). Pintor que levou a arte brasileira para a ONU em Nova York com seus melhores murais. Foram restaurados, apresentados no Teatro Municipal do Rio e no Memorial da América Latina (SP). Prêmio Antonio Bento (difusão das artes visuais na mídia) - Revista Piauí. Grandes reportagens, pequenos artigos e perfis integram a Piauí, com seu humor inteligente e informações aprofundadas sobre artes, política, economia, arquitetura, história e esportes.

Fonte :
http://www.correio24horas.com.br/colunistas/detalhes/artigo/cesar-romero-premioabca2012/

sábado, 27 de abril de 2013

Brasil - Artes visuais a caminho da TV aberta. Previsão início de 2014.


TELEVISÃO
Artes visuais a caminho da TV aberta
Série "Brasil visual", com previsão de estreia para o próximo ano, na TV Brasil, vai trazer 13 episódios sobre a arte brasileira contemporânea
Publicado em 26/04/2013, às 06h12
Renato Contente


Ao invés das molduras convencionais que protegem as obras de arte, os contornos de uma televisão ou de um monitor de computador. Dos museus às salas de estar, o universo brasileiro das artes visuais vai ganhar espaço na TV aberta dentro da série de documentários Brasil visual, atualmente em fase de gravação e com previsão de estreia para o início do próximo ano, na TV Brasil. O programa, idealizado pela produtora pernambucana Rosa Melo e desenvolvido em parceria com a cineasta carioca Anna Azevedo, tem como objetivo traçar um panorama da cena artística contemporânea do Norte ao Sul do Brasil.

A primeira temporada do projeto será apresentada pelo artista performático multimídia Rodrigo Saad, o Cabelo, e conta com programação visual dos artistas plásticos Lia Letícia e Fernando Peres. Em 13 episódios de 26 minutos, o público vai entrar em contato com o mundo das artes visuais em seus principais expoentes de diversas gerações, abrangendo variadas expressões artísticas: da instalação ao grafite, transitando entre pintura, gravura, site specific (quando o local da exposição faz parte da obra), videoarte, intervenção urbana, escultura e body art.



Rosa, produtora de exposições de Paulo Bruscky e do curta Texas Hotel (Cláudio Assis), adianta que o formato da atração não será como os habituais almanaques televisivos. “O programa vem em um formato diferenciado, mesclando documentário e jornalismo, com um olhar sensível sobre os temas abordados. Além de ser uma série dedicada aos artistas visuais brasileiros, vamos discutir questões relacionadas à produção de arte contemporânea no País. Estamos viajando por vários Estados para conferir de perto o que está acontecendo, conhecer as novidades para apresentá-las ao público”, explica.

Diretoras e roteiristas da série, Rosa Melo e Anna Azevedo acabaram de cumprir uma temporada de pesquisas no Nordeste. A dupla esteve em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba entrevistando artistas como Paulo Bruscky, Daniel Santiago, Thelmo Cristovam, Ricardo Brasileiro, Ricardo Ruiz, Dyogenes Chaves, Zé Rufino, Falves Silva, Guaracy Gabriel, Zé Tarcísio, Solon Ribeiro, Luciana Magno, Waléria Américo e Lourival Cuquinha.

O primeiro episódio será focado na arte-correio (ou arte-postal), uma forma de arte que utiliza a postagem de obras e a interferência de outros artistas como processo de criação. Nomes consagrados do gênero, os pernambucanos Paulo Bruscky e Daniel Santiago serão os principais entrevistados do programa de estreia.

Confira a matéria completa no Jornal do Commercio desta sexta (26), no Caderno C

Fonte :
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2013/04/26/artes-visuais-a-caminho-da-tv-aberta-80996.php

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Porto Alegre RS, Fundação Iberê Camargo abre inscrições para bolsa de artes visuais, artistas de todo o Brasil.

Fundação Iberê Camargo abre inscrições para bolsa de artes visuais.

Bolsa oferece três residências internacionais para artistas. As inscrições são gratuitas e se estendem até 31 de julho.

Fundação Iberê Camargo

Artistas de todo o Brasil podem se inscrever a partir desta quinta-feira (25) na Bolsa Iberê Camargo 2013, uma das principais residências na área de artes visuais do país. As inscrições são gratuitas e seguem até 31 de julho pelo site www.iberecamargo.org.br/bolsa.

Nesta edição, três artistas brasileiros serão contemplados com dois meses de residências internacionais, entre outubro e dezembro deste ano. As opções de destino são MAMbo, em Bolonha (Itália); CRAC, em Valparaíso (Chile); e Kiosko, em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). A Fundação Iberê Camargo, que oferece a bolsa, também cobre as despesas de passagens aéreas e oferece uma bolsa-auxílio no valor de R$ 8 mil para custos durante o intercâmbio.

Para concorrer, os candidatos devem encaminhar, juntamente com o formulário de inscrição, o projeto a ser desenvolvido na instituição de sua preferência e um portfólio, que devem ser enviados pelo correio em CD ou DVD. Também é pré-requisito ter participado de, no mínimo, três exposições individuais ou coletivas e dominar o idioma do país escolhido (no caso do MAMbo, o domínio da língua inglesa também será aceito).
Acompanhe também o Pernambuco.com pelo Twitter


Fonte :
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2013/04/25/internas_viver,436113/fundacao-ibere-camargo-abre-inscricoes-para-bolsa-de-artes-visuais.shtml

Mais :
http://www.iberecamargo.org.br/site/default.aspx



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Manaus AM, Exposição " Visões Caboclas ", 25/04 à 17/05/13


Manaus, AM, 25 de Abril de 2013, A CRÍTICA


Homero Amazonas une beleza e destruição em mostra
Em suas telas, com dimensões que variam de 1,10 x 1,20 até 1,50 x 1,50 metros, Homero retrata paisagens amazônicas, de céus, rios, lagos e florestas, nas quais insere elementos relacionados à perda de identidade cultural e à devastação do meio ambiente.

Nas telas da mostra, Homero investe o uso da cor e se diz 'artista que brinca com as cores vivas' (Juca Queiroz)
O artista plástico Homero Amazonas combina a exuberância da natureza amazônica e a temática da devastação ambiental nas pinturas de sua nova exposição, intitulada “Visões caboclas”. A mostra reúne 17 pinturas em óleo sobre tela e um autorretrato, e terá vernissage na Galeria de Artes Helena Gomes da Silva, no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (Icbeu Manaus), nesta quinta (25), às 19h, com visitação gratuita a partir de amanhã, das 16h às 20h.

Em suas telas, com dimensões que variam de 1,10 x 1,20 até 1,50 x 1,50 metros, Homero retrata paisagens amazônicas, de céus, rios, lagos e florestas, nas quais insere elementos relacionados à perda de identidade cultural e à devastação do meio ambiente. Aí se incluem troncos decepados de árvores e mulheres com os rostos escondidos e vestidos longos. A despeito disso, as telas exibem uma técnica característica da arte impressionista, que empresta uma beleza tranquila e  diáfana às imagens.

“Tento fazer com que a pessoa veja uma forma bela, mesmo com toda essa agressão (à natureza). Quero que ela consiga ver além do massacre”, explica o artista. “Você vê uma paisagem belíssima, mas ali há uma vitória régia ressecada. Ao lado dela está uma flor, significando que existe esperança”, analisa ele, apontando uma das telas.

Entre as paisagens, há ainda uma homenagem a Picasso intitulada “O berro caboclo”, que evoca o processo de aculturação dos povos indígenas, e “O alerta”, que cita a célebre tela “Marat assassinado”, do francês Jacques-Louis David (1748-1825).

Contra a destruição

A denúncia de problemas como a devastação ambiental e a perda de identidade cultural é uma constante na obra de Homero Amazonas Oliveira – cujo nome do meio uma homenagem ao Estado, do artista nascido justamente num dia 5 de setembro, data que marca a Elevação do Amazonas à categoria de Província.

“Coloquei o nome ao fazer a relação do Estado com toda a devastação que via acontecendo”, declara o artista, natural de São Paulo de Olivença. “Dentro de mim vai sempre existir essa preocupação”, acrescenta.

Homero – que já expôs como convidado, entre outros eventos, na mostra “500 anos da Resistência Indígena na Europa”, na Suíça – atualmente investe no uso da cor em suas telas. Em seus quadros, ele aponta, “dentro das cores misturadas, estão pingos de cores quentes”, destaca o artista. As cores, ele conclui, “são Deus entrando na gente por meio dos olhos”.

Gravuras em coletiva

Em outro segmento das artes visuais, a Galeria do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua, na rua Monsenhor Coutinho, 724, Centro) recebe a exibição coletiva “Gravura Experimental – Relevo e concavo”. A mostra reúne trabalhos de participantes do Atelier de Gravura do curso de Artes Visuais da Ufam. Inaugurada nesta quarta (24), a mostra fica em cartaz até o dia 29 de maio, com visitação aberta ao público de segunda a sexta-feira, no horário das 14h às 17h.

Com curadoria do artista visual e professor do curso de Artes da Ufam, Otoni Mesquita, a coletiva apresenta obras com temas variados, de retratos a formas abstratas. Participam da mostra os gravuristas Bárbara Gutierres, Camila Nakano, Caroline Santarém, Cesar Pacheco, Cristiane Barreiros, Deuzarina Barroso, Diemille da Silva, Khetlen Tavares, Larissa Batera, Lorena Prado, Maristela Araújo, Naiana Espírito Santo, Rebeca Conde, Rodney Marques, Rossini Jr. e Vanessa Pires.

Serviço

o que é: Exposição “Visões caboclas”, de Homero Amazonas
onde: Galeria de Arte Helena Gomes da Silva, Icbeu Manaus, avenida Joaquim Nabuco, 1.286, Centro
quando: Abertura nesta quinta (25), às 19h. Visitação de amanhã a 17 de maio, de terça a sábado, das 16h às 20h
quanto: Gratuito






Musical 'País Pelé' vai celebrar os anos de ouro do jogador e retrospectiva cultural

25 Abr 2013 . 08:35 h . Agência Estado . portal@d24am.com
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Datas e locais em aberto. Possibilidades do espetáculo musical " País Pelé " estrear em Brasília DF no Estádio Nacional de Brasília ( Estádio Mané Garrincha) em 08/09/2013.



    São Paulo - Os deuses devem ter combinado tudo. Abriram um tabuleiro e colocaram as peças certas nos lugares apropriados para que um País pudesse ter algo a chamar de sua era de ouro. À revelia de uma traumática gestão militar, a música e o futebol deram as mãos a partir do final dos anos 50 e começaram a escalar suas montanhas. À frente dos músicos, muitos líderes se revezaram. À frente dos jogadores, nenhum foi maior do que Pelé.

Um espetáculo musical idealizado pelo instrumentista e arranjador Ruriá Duprat, sobrinho do também arranjador Rogério Duprat, pretende fazer uma celebração histórica em torno de Pelé. País Pelé vai traçar um paralelo entre a cultura do País e as conquistas do único jogador do mundo a ser chamado de rei. Canções serão costuradas aos anos em que se deram as maiores vitórias do jogador. A direção-geral será de José Possi Neto; a pesquisa musical, de Zuza Homem de Mello; e o roteiro, de Aimar Labaki. “Vamos fazer uma grande ópera popular contemporânea. Além da música, será retratado por meio de um telão o que aconteceu no Brasil dos anos Pelé nas artes plásticas, literatura, cinema, arquitetura, fotografia...”, diz Ruriá. Para acompanhar os artistas convidados, haverá uma banda e uma orquestra. Ao todo, 40 músicos estarão no palco. 

Há indefinições relativas ao elenco que vai participar do espetáculo e às datas e locais dos shows. O primeiro está sendo negociado para ocorrer em Brasília, dia 8 de setembro, no Estádio Mané Garrincha. São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador seriam outras praças a receberem uma montagem que será pensada para locais abertos, preferencialmente estádios de futebol. Os nomes ainda não fechados, na lista de convidados, são os de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Lenine, Seu Jorge, Maria Rita, Jair Rodrigues, Arlindo Cruz, Elza Soares, Carlinhos Brown e Chico Buarque. “Precisamos fechar as datas para que os artistas acertem com suas agendas.” Pelé não vai cantar. A intenção é colocá-lo no palco como um contador de histórias. “Ele fala no projeto como um menino. Quer retribuir ao País um pouco do que o País lhe deu até hoje”, diz Ruriá.

A pesquisa musical de Zuza segue os passos de Pelé. Os primeiros no gramado do Santos são de 1956. Pelé tem 16 anos. No mesmo ano faz sua estreia na Seleção Brasileira. Johnny Alf começa a desenhar a bossa nova nas teclas de seu piano e Silvinha Teles traz ares de novidade com a gravação de Foi a Noite. A primeira Copa de Pelé é em 1958, na Suécia. Ele tem 18 anos. Ganha o ouro e o Brasil ouve seu primeiro jingle futebolístico: A Taça do Mundo É Nossa. “Esse foi o único a ser criado depois de uma conquista. Todos os outros seriam lançados antes”, diz Zuza. 

Pelé vai ao Chile em 1962. Joga duas partidas, machuca-se e Mané Garrincha é quem assombra o mundo. O time volta com o bicampeonato no mesmo ano em que a música ganha duas medalhas de ouro: o show no restaurante Au Bon Gourmet, em Copacabana, com Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes e Os Cariocas. E o mundialmente consagrador concerto no Carnegie Hall, de Nova York com João Gilberto, Luis Bonfá, Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Jobim e Menescal.

Pelé foi ao México em 1970 defender uma seleção desacreditada depois do fracasso de 1966, na Inglaterra. E voltou de peito estufado com o tri, ouvindo metade do País cantar Pra Frente Brasil e a outra metade entoar Azul da Cor do Mar, de um outro rei chamado Tim Maia.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Carta da Presidenta da ACAV aos Associados, 21/04/2013

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Carta da Presidenta da ACAV,  Sra Salete Henkes Thompson Flores, aos Associados, 21/04/2013


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                                                                                                               Brasília, em 21 de abril de 2013

Prezado Associado(a)


Tendo em vista a renúncia por motivos pessoais da Presidente Cleonice Rodrigues Malta Costa, vi-me na contingência, como Vice-Presidente, de assumir a presidência da ACAV a partir de 22 de março de 2013.

Tenho plena consciência de que se trata de uma grande responsabilidade retomar os caminhos que foram traçados quando da fundação da ACAV: fomentar o desenvolvimento das artes plásticas no âmbito do Distrito Federal; apoiar os artistas plásticos locais; promover o intercâmbio com outras entidades representativas regionais, nacionais e, mesmo, internacionais; desenvolver projetos de atuação coletiva e individual para divulgação da produção artística de seus associados; estimular a educação artística, o surgimento e desenvolvimento de novos talentos, e tantas outras áreas de atuação.

Sinto-me plena de entusiasmo para levar adiante a bandeira da ACAV, mesmo conhecendo as grandes dificuldades para vencer este desafio que está muito acima de minhas condições individuais. Aceitei porque acredito na potencialidade de nossa associação  e porque conto com a união e colaboração de todos. Brasília possui uma grande riqueza em talentos em todas as áreas abrangidas pelas artes plásticas, os quais, muitas vezes dispersos, não encontram o necessário apoio para verem desabrochar seu potencial.

Vejo na ACAV um eficaz instrumento de união, promoção, divulgação e desenvolvimento das artes plásticas e dos artistas plásticos do Distrito Federal. Mas, esta não é uma tarefa a ser realizada por um só, ou por uma Diretoria. É necessária a participação de todos os associados, com suas idéias, sua criatividade, suas sugestões e críticas. Somente do trabalho coletivo poderemos extrair toda a dimensão que nossa Associação Candanga  de Artistas Visuais pode alcançar e contribuir para dar o merecido destaque a nossos artistas plásticos.

Temos vários projetos a serem desenvolvidos proximamente, em associação com diversos órgãos públicos de fomento cultural, em especial, a Secretaria de Cultura do GDF, como o “Dia do Artista Plástico” e o “Projeto Copa” para os quais necessitaremos da integração de todos nossos associados.

Minha disposição para trabalhar em prol de nossa associação está na mesma dimensão de minha necessidade do apoio, participação e colaboração de todos.

Por isso, desejo realizar uma gestão aberta, transparente e participativa; confio na força política resultante da união de nossos múltiplos talentos; conto com a ajuda de todos. Só assim poderemos alcançar os ideais plasmados quando da criação da ACAV, ter o devido reconhecimento para nosso trabalho e contribuir decisivamente para o desenvolvimento cultural e das artes plásticas no Distrito Federal.

Atenciosamente

                        Salete Henkes Thompson Flores
                        Presidente                                                                                                            

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Brasília DF, FAC (Fundo de Apoio à Cultura), Editais 2013, aberta inscrições : 22/04 à 12/05/2013


Inscrições Editais 2013
By Admin | Published 22 de abril de 2013
Estão abertas as inscrições dos Editais de 2013, encerrando-se no dia 12/5/2013.

Os formulários de inscrição e informações necessárias podem ser encontradas no link abaixo :

http://www.fac.df.gov.br/?page_id=1548

As inscrições serão feitas pelo sistema SalicWeb, mantido pelo Ministério da Cultura. Quaisquer questões relacionadas ao SalicWeb devem ser enviadas ao próprio Ministério da Cultura.

http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/

Fonte :
http://www.fac.df.gov.br/?p=1895

sábado, 20 de abril de 2013

Rio de Janeiro RJ, obra de Portinari é exposta pela primeira vez ao público, 20/04 à 09/06/13

Direto do Rio de Janeiro

Primeira Missa no Brasil,  de Vitor Meireles - Foto Divulgação 
A Primeira Missa no Brasil, uma das obras mais importantes de Cândido Portinari, será exposta ao público pela primeira vez a partir deste sábado no Museu Nacional De Belas Artes, no centro do Rio de Janeiro.

Comprada no ano passado pelo IBRAM por R$ 5 milhões e transferida para o acervo do MNBA em janeiro, a obra faz parte da exposição Quando o Brasil Amanhecia, que traz no contexto a obra de mesmo tema de outro grande artista brasileiro, Vitor Meireles.

Enquanto a obra de Meireles ficou famosa em livros de cursos primários no Brasil, revelando o relato da carta de Pero Vaz de Caminha, a obra de Portinari foi encomendada pelo banqueiro Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra, para decorar a sobreloja do banco Boavista, no Rio de Janeiro e revela um artista menos preocupado com a realidade histórica, como fez Meireles e mais preocupado com a livre interpretação  da cena. Além das duas grandes obras, a exposição traz dezenas de desenhos preparatórios e esboços dos artistas.

Serviço
Museu Nacional de Belas Artes
Endereço: Avenida Rio Branco, 199 Cinelândia - Rio de Janeiro
Datas: de 20 de abril a 9 de Junho
Horários: De terça a sexta das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados de 12h às 17h
Entrada: R$ 8 aos domingos e entrada franca nos outros dias da semana

Fonte :
http://diversao.terra.com.br/arte-e-cultura/rj-obra-de-portinari-e-exposta-pela-primeira-vez-ao-publico,62adb608d732e310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Brasília DF, aniversário, 53 anos, 21/04/2013

   Brasília DF, 53 anos, a capital de todos os brasileiros. A diversidade, a Cultura, as Artes e os valores das   
   pessoas se unem e em um uníssono coro diz : Parabéns Brasília ! ! !

   Ligue o som, clique na imagem (cúpula Catedral) e curta !
   Vídeo do GDF

   21/04/1960 - 21/04/2013

Clique nesta imagem



São Paulo SP, retrospectiva de Alex Vallauri, Museu de Ate Moderna - MAM, até 23/06/13

SÃO PAULO - Nos anos 70 e 80 os muros da Pauliceia eram suportes para imagens que se tornaram ícones, como "A Rainha do Frango Assado"...

José Henrique Fabre Rolim
Artes Plásticas Foto : Divulgação

SÃO PAULO - Observando a dinâmica das mostras em cartaz atualmente percebe-se que algumas se destacam pela releitura de obras conectadas ao tempo em que foram concebidas. O Museu de Arte Moderna (MAM – Parque Ibirapuera) apresenta uma grande exposição “Alex Vallauri - São Paulo e Nova York”, que traça o percurso desse excepcional artista gráfico, pintor, gravador, desenhista e grafiteiro, um dos precursores da street art no Brasil. 

Nos anos 70 e 80 os muros da Pauliceia eram suportes para imagens que se tornaram ícones, como “A Rainha do Frango Assado”, uma mulher curvilínea com luvas pretas, num clima sensual, um dos seus personagens mais famosos, que chegou a ser personificado por sua amiga Claudia Raia, que na época tinha 18 anos. Acrobatas, botas de cano alto, luvas, cartolas e outros tantos ícones além da apropriação de figuras de histórias em quadrinhos como Mandrake de Lee Falk, coloriam a cinzenta paisagem urbana. 

As suas imagens ganham outras dimensões quando transferidas para o papel conquistando a arte postal e os livros de artista. Utilizava intensamente o stencil, moldes de papelão como máscaras que recebiam tinta em spray, espalhando seus ícones pelos muros da Paulista, da Consolação e de tantos outros locais.

Vallauri (1949-1987) nasceu na Etiópia, mas seus pais eram italianos, em 1964 chega ao Brasil, tendo se estabelecido em Santos, onde produziu obras gráficas envoltas no tema do porto com características típicas do bas fond da área, focalizando as atividades dos estivadores e das prostitutas.

Na época em que esteve em Nova York, entre 1982 e 1983, cursou artes gráficas no Pratt Institute, onde conheceu Jean-Michel Basquiat, seu amigo e parceiro nos grafites realizados na Big Apple e Keith Haring, um dos grandes revolucionários da arte de rua.

Participou da Bienal de São Paulo em 1971, 1977, 1981 e 1985 quando finalmente se consagra com a instalação “Festa na Casa da Rainha do Frango Assado”, ocupando um espaço estratégico tendo sido uma das atrações mais comentadas daquela 18º edição, reunindo uma série de grafites que vinha desenvolvendo no decorrer de sua carreira. Acoplando objetos do cotidiano, criou cenograficamente uma casa abarrotada de ícones do consumo, tendo inclusive grafitado um Monza vermelho, que na ocasião acabei clicando, sem saber que se tornaria uma das raras imagens do veículo, uma obra de arte desfeita com o tempo.

A retrospectiva de Alex Vallauri com curadoria de João Spinelli é formada por 200 obras entre instalações, fotocópias, pinturas com spray, vídeos, objetos, aliás, ele grafitava uma infinidade de peças como televisores, cadeira, lixeiras, não havia limites para expressar sua arte, os muros eram apenas uns dos suportes de sua intensa produção.

Warhol, a estrela pop

Curiosamente o outro destaque do MAM é a mostra “Lady Warhol”, uma série de fotografias, intensamente coloridas, em que Andy Warhol aparece vestido de mulher com uma maquiagem exagerada, típica dos anos 80. A androginia das imagens focadas por seu amigo Christopher Makos eterniza a excentricidade do personagem, uma forma de contestar padrões de comportamento, foram utilizadas 8 perucas, além de roupas usuais de trabalho, camisa branca, gravata e jeans. Na pose duas atitudes são essenciais, o olhar perdido no horizonte e um ar glamouroso como fazem os modelos de passarela. A mostra formada por 50 imagens inspiradas nos retratos feitos por Man Ray de Rrose Selavay, personagem feminina interpretada por Marcel Duchamp, representa a ambiguidade da expressividade humana, a sutileza de um olhar, de uma postura no limite da fragilidade dos opostos, a eterna dualidade existencial. A curadoria foi realizada pela produtora espanhola La Fábrica, responsável pelo festival PhotoEspaña. 

Poesia Concreta

O Instituto de Arte Contemporânea – IAC (Rua Dr. Álvaro Alvim, 90, Vila Mariana) lançou em colaboração com a Editora Bei, dois livros inéditos “32 poemas (1953 /1957)” e “poemas & poems” com poesias concretas de Willys de Castro (1926-1988) resgatando a sua linha estética numa visualidade lírica impecável, extremamente envolta no ritmo das formas. As preciosas edições seguem as linhas mestras deixadas pelo artista conforme projeto de publicação do final dos anos 50, conservado nos arquivos do IAC. Tudo foi religiosamente obedecido conforme o modelo do artista, conservando os tipos datilografados e as correções executadas a lápis como o próprio formato da publicação. Deve-se também frisar que graças a sua formação musical, criou partituras de verbalização para poemas de Augusto e Haroldo de Campos, Ronaldo Azevedo e Décio Pignatari entre tantas expressões do concretismo. Willys foi gravador, desenhista, artista gráfico, cenógrafo, figurinista, músico e poeta deixando uma obra diversificada numa linha estética concretista, um trajeto revelador de sua potencialidade artística renovadora.

Fonte :
http://www.dci.com.br/shopping-news/panoramicas-reveladoras-id342513.html

Mais :
http://misturaurbana.com/2013/04/alex-vallauri-sao-paulo-e-nova-york-no-mam/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=alex-vallauri-sao-paulo-e-nova-york-no-mam

Portugal, Dança brasileira vai percorrer cinco cidades portuguesas, Espetáculo Tatyana, da Companhia de Dança Deborah Colker. até Junho 2013

Espetáculo 'Tatyana', da Companhia de Dança Deborah Colker

Uma Mostra de Dança do Brasil vai começar na sexta-feira, em Lisboa, com espetáculos da Companhia de Dança Deborah Colker, numa programação que irá percorrer cinco cidades portuguesas.

O evento insere-se no Ano do Brasil em Portugal, e irá começar na sexta-feira, no Teatro Municipal São Luiz, seguindo depois para Vila Real, Figueira da Foz, Porto e Coimbra, com um total de 32 apresentações.

No São Luiz, até domingo, estará no palco a Companhia de Dança Deborah Colker, que irá representar o novo espetáculo "Tatyana", baseado em "Evguêni Oniéguin", o romance em verso publicado em 1832 pelo escritor russo Aleksandr Púchkin (1799-1837).

A mostra, que se estende até junho, traz a Portugal 11 companhias de dança, como o Balé da Cidade de São Paulo, companhia oficial daquela cidade brasileira, que celebra 45 anos com a nomeação recente da nova diretora, Iracity Cardoso, que já foi diretora do antigo Ballet Gulbenkian.

O espetáculo "Tatyana" poderá ser visto também no Teatro de Vila Real (24 de abril), no Centro de Artes e Espetáculos, na Figueira da Foz (27 e 28 de abril), e no Teatro Nacional de São João, no Porto (03, 04 e 05 de maio).

Também no São Luiz, em Lisboa, mas nos dias 26, 27 e 28 de abril, será a vez do Balé da Cidade de São Paulo, num programa com as coreografias "Offspring", "LAC" e "Cidade Incerta", este último do coreógrafo português André Mesquita, com base em textos de "O Livro do Desassossego", de Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa.

Em Coimbra vão ser apresentados quatro espetáculos entre 1 e 12 de maio: "Proibido Elefantes", pelo Gira Dança, "Ritos e Rastros", pelo Indios.com, "Carta de Amor ao Inimigo", pelo Grupo Cena 11, e "Por um Fio", pela Mimulus.

No Porto, a sede da mostra vai ser o Teatro Nacional de São João, com apresentações em dois dos seus espaços, entre 18 e 31 de maio: "A Revolta da Lantejoula", pela Cooperativa Paulista de Dança, "Mapa Movediço", pela mesma companhia, "Céu na Boca", pela Quasar, e "Vaga -- Experiência de Ocupação", pela Dudude Herman.

No Mosteiro de São Bento da Vitória vai ser palco de "As canções que você dançou para mim", pela Companhia de Dança Focus.
Fonte :
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3173370&seccao=Teatro&page=-1

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Fortaleza CE,Trajetórias: Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz, destaque artista Antonio Bandeira, 22/04 à 08/12/13


Obra do pintor cearense Antônio Bandeira é destaque em mostra do Acervo da Fundação Edson Queiroz


A arte de Antônio Bandeira (1922-1967) é singular, simples e delicada. Expressa em traços firmes. Numa explosão de cores, demonstra o caráter experimental do pintor, desenhista e gravador, natural de Fortaleza, que, aos poucos, vai se afastando do figurativo e parte para a deformação total dos seus objetos. Ele tem lugar de destaque na exposição "Trajetórias: Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz", em cartaz no Espaço Cultural Unifor.

Obras da fase abstrata de Antônio Bandeira e autorretratos do artistas integram a exposição "Trajetórias: Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz"

A intuição sempre falou mais alto na arte de Bandeira, ao criar uma pintura que, pela sensibilidade de sua expressão, parece poesia a dialogar com o mundo ao seu redor. Considerado um dos principais representantes do "abstracionismo lírico" no Brasil, cuja crítica compara seu trabalho ao de um dos ícones dessa tendência, o pintor suíço Paul Klee (1879-1940), Antônio Bandeira é considerado pela crítica um grande experimentalista, qualidade que constitui a gênese de sua obra.

Figurativo e abstrato

A mostra reúne trabalhos do artista relacionados às décadas de 1940 a 1960. Contempla, portanto, a arte de Bandeira em sua pluralidade. Há desde o figurativo, de tons modernistas, "Autorretrato", de 1946, até "Composição", de 1958, obra em nanquim, guache e aquarela, exemplo da fase em que o artista começou a deformar os objetos que criava, influenciado pelo abstracionismo informal, enfatizando as pinceladas fortes e as cores. Ora passeiam entre o azul, o laranja, o branco e o preto, conforme os trabalhos do artista, que captou com o seu olhar, uma cidade que ultrapassava a dimensão geográfica. Era a cidade imaginada pelo pintor, daí a sua luz exuberante. Além de "Paysage azul", óleo sobre tela, de 1964 e a trilogia "Abstração", também dos anos 1960. Nesta fase, o artista, que sempre perseguiu uma arte não acadêmica, havia rompido totalmente com a figurativo e com as formas definidas.

O artista criava pinturas marcadas pela beleza poética no uso das cores e o apelo psicológico. Isso fez com que alguns críticos enquadrassem suas criações no abstracionismo lírico, movimento esboçado no bojo das vanguardas artísticas europeias (final do século XIX e início do século XX), com tendência entre o abstracionismo informal, que valorizava as cores, bebendo também na fonte do expressionismo abstrato, com ênfase no inconsciente, na intuição e no impulso. Daí Bandeira destacar-se por suas pinceladas que mais pareciam jatos de tinta, inspirando, em alguns momentos, a bidimensionalidade nas suas telas.

No entanto, logo a Cidade ficou pequena para comportar tanto os sonhos do jovem e promissor artista quanto a sua arte. Seu êxodo começa em 1945, quando viaja para o Rio de Janeiro, aos 23 anos, e realiza sua primeira individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ). Não tardou, o jovem talento cearense conquista um dos principais centros difusores da arte ocidental do mundo, ao ser contemplado pelo governo francês com bolsa de estudos, ficando em Paris de 1946 a 1950.

Trajetória

Desde cedo, Bandeira demonstrou interesse pela arte, em especial pelo desenho, talento que demonstrou ainda na escola. Começou pintar no início dos anos 1940, lançando as sementes do modernismo no Ceará. Ele, juntamente com os artistas Mário Baratta (1915-1983), Raimundo Cela (1890-1954) e Aldemir Martins (1922- 2006) criam o Centro Cultural de Belas Artes (CCBA), responsável pela realização de vários salões de pintura, na época. A iniciativa deu origem, em 1943, à Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap), que durou até 1958. Na época, a pintura de Antônio Bandeira era ainda figurativa e retratava a vida "suburbana de Fortaleza".

O artista demonstrava desde cedo seu interesse pela vida urbana, privilegiando em seus quadros as populações marginais, personagens da vida boêmia da cidade. Sua transferência para o Rio de Janeiro, em 1945, foi influenciada pelo pintor suíço Jean-Pierre Chabloz (1910-1984), que atuou na Scap. Sua arte foi bem recebida pela crítica, ganhando uma bolsa da Embaixada Francesa para estudar em Paris, para onde seguiu em abril de 1946. Aproveita para aprimorar seus estudos iniciados em Fortaleza sobre pintura, desenho e gravura na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e na Académie de La Grande Chaumière. Depois abandona, já que buscava uma arte não acadêmica. Sua obra dará uma virada, assumindo características experimentais, quando conhece os artistas Wols (1913 - 1951) e Bryen (1907 - 1977).

Exposição

A exposição "Trajetórias: Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz" reúne mais de 250 obras do acervo da instituição, mostrando vários momentos da arte brasileira. A coleção apresenta movimentos e nomes de artistas mais significativos de arte brasileira do século XX, ultrapassando a produção de São Paulo e do Rio de Janeiro. A mostra exibe ícones do modernismo, como Candido Portinari, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Lasar Segall, assim como importantes continuadores da vanguarda moderna, a exemplo de Alfredo Volpi, Burle Marx e Samson Flexor.

A arte cearense também tem espaço reservado em "Trajetórias", podendo ser vistas obras de Raimundo Cela, Leonilson, Estrigas, Heloisa Juaçaba, dentre outros. A mostra, que conta com a curadoria do crítico Paulo Herkenhoff e celebra os 40 anos da Universidade de Fortaleza (Unifor). Os trabalhos estão organizados em núcleos por movimentos ou temas, como o modernismo, abstracionismo e arte contemporânea.

Mais informações:

Exposição "Trajetórias - Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz", no Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz). Aberta à visitação de 22 de março a 8 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, sábados e domingos, das 10h às 18h. Contato: (85) 3477.3319

IRACEMA SALES
REPÓRTER

Fonte :
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1256140

Mais, Pintor Cearense Antonio Bandeira
http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=6&in=1

Brasília DF, Exposição Carametade, 53º aniversário, 19/04 à 12/05/13


Artes Plásticas no Aniversário de Brasília
Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal
15/04/2013


Como parte das comemorações do 53º Aniversário de Brasília, será aberta nesta sexta (19/04), no Museu da República a exposição CARAMETADE do artista plástico Roger Regner e curadoria de Ana Virginia Queiroz.

Nos painéis, o artista “brinca” com personalidades como Michael Jackson, Maradona, John Kennedy, Evita Péron, Tom Jobim, Nelson Mandela, Chico Xavier, Che Guevara e até Carlinhos Cachoeira. Roger faz a fusão dos seus rostos e cria um terceiro personagem renomeando-os. A obra, com um teor crítico, transita entre o humor e a ironia, e faz uma ou outra homenagem para confundir e deixar que o público decida.

Serviço:
Exposição Carametade
De 19/04 a 12/05 no área externa do Conjunto Cultural da República (perto do Museu Nacional da República)

Museu Nacional
Setor Cultural Sul, lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto - Zona 0

Fonte :
http://www.cultura.df.gov.br/noticias/item/2672-artes-pl%C3%A1sticas-no-anivers%C3%A1rio-de-bras%C3%ADlia.html


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bauru SP, Exposição itinerante, 30º Bienal de São Paulo, 17/04 à 23/06/13


FotoObras da Bienal ficarão expostas no Sesc até 23 de junho (Foto: Reprodução/TV Tem)

Começa nesta quarta-feira (17), no Sesc de Bauru (SP), a exposição itinerante da 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das Poéticas. As obras, que ficarão expostas até 23 de junho, foram selecionadas pelo curador Luis Pérez-Oramas. A entrada é gratuita. 
As instalações escolhidas seguem duas vertentes. De um lado obras que remetem ao conceito de temporalidade e as idades da vida humana. De outro, as que tratam da solidificação real das formas, memórias e corpos. A exposição terá instalações audiovisuais de Ali Kazma (Turquia), pinturas de Christian Vinck (Venezuela), vídeos de Thomas Sipp e da dupla Iván Argote e Pauline Bastard (Colômbia), pinturas de Eduardo Berliner (Brasil) e obras de jovens artistas como Martín Legón (Argentina) e Sofia Borges (Brasil).

Cidades do interior de SP vão receber obras da 30ª Bienal
Além das obras, o projeto Educativo Bienal irá promover encontros de formação para professores e educadores que têm como objetivo fazer um intercâmbio de conhecimentos sobre arte contemporânea entre São Paulo e as cidades anfitriãs, considerando suas poéticas individuais.

Outras quatro cidades do interior de São Paulo receberão a exposição: São José do Rio Preto (de 16/04 a 23/06), Araraquara (de 18/04 a 23/06), Campinas (de 19/04 a 30/06) e São José dos Campos (de 15/05 a 29/06). A 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das Poéticas - Seleção de Obras já passou também por Belo Horizonte, Ribeirão Preto e São Paulo.

Serviço
Sesc Bauru
Período de exposição: 17/4 a 23/6
Entrada grátis
Terça a sexta, das 8h às 12h (exclusivo para grupos agendados) e 13h às 21h30; Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h.
Agendamento de grupos e participação nos ateliês: (14) 3235-1790 e 3235-1793.
Endereço: Avenida Aureliano Cardia, 6071

Aqui uma visão valorizando a logística e infraestrutura :
By CAMILA TURTELLI, camila@bomdiabauru.com.br
Esta é a primeira vez que a cidade recebe um pedacinho da Bienal de São Paulo, a mais visitada exposição de artes da América Latina. 

A produção traz obras de artistas que participaram da 30ª edição do evento, realizada entre setembro e dezembro de 2012 na capital que teve a curadoria - assinada pelo venezuelano Luis Pérez-Obama - como um dos seus destaques. 

Por aqui, os artistas selecionados foram nomes do cenário mundial das artes plásticas contemporâneas: Ali Kazma (Turquia), Martín Legón (Argentina), Sofia Borges (Brasil), Eduardo Berliner (Brasil), Christian Vinck (Venezuela), Alberto Bitar (Brasil) Thomas Sipp, Iván Argote e Pauline Bastard (Colômbia) que ocupam os espaços desenhados pelo arquiteto Martin Corullón, responsável pelo projeto arquitetônico desta edição que leva o nome de “A iminência das poéticas”. 

Os artistas trazem as mesmas obras que estiveram no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, porém, com um repertório um pouco reduzido em alguns casos. 

Por trás de cada obra, de cada peça ou vídeo, além do trabalho do artista que fica com a sua autoria exposta aos olhos do público, existe também o trabalho de uma equipe de montagem e curadoria. 

No caso específico da mostra que começa hoje 20 pessoas foram escaladas para montar e afinar a exposição das obras, além da equipe do próprio Sesc Bauru. 

A artista plástica Helena Ramos, 26 anos, é assistente de curadoria e acompanhou todo o trabalho da montagem bauruense e também da exposição original. “Em São Paulo foram mais de 30 dias de montagem. Aqui o recorte é menor, mas mesmo assim são muitos detalhes”, conta ela.

A produção durou poucos dias, menos de uma semana, mas equipe enfrentou algumas dificuldades. “Aqui não é como São Paulo, não conseguimos encontrar qualquer tipo de material a qualquer hora. No domingo, por exemplo, precisávamos de mais cabos de aço”, conta. Mas, como a equipe já veio preparada para imprevistos e com um cronograma mais espaçado para atender obstáculos do gênero, tudo foi resolvido. “Além disso, aqui em Bauru estamos com a mesma equipe que trabalhou na Bienal”, revela. 

O trabalho do curador e da sua equipe vai muito além da escolha das obras e dos artistas. É também o curador quem afina a exposição, trabalha a disposição das peças, ajusta e direcionada o olhar do público, além de acompanhar a montagem. 

“A disposição das obras no espaço, o que cada peça tem a ver com aquele lugar que ocupa, além claro, da própria seleção”, diz o curador em Bauru, Wellington Coelho, sobre como identificar este trabalho. 

“Antes havia uma confusão sobre o que este profissional fazia, misturava-se muito com administração e coordenação”, avalia Roberto Chinalha, agente cultural responsável pela galeria Angelina W. Messenberg, do Centro Cultural. “Hoje em dia está surgindo uma vasta literatura sobre o assunto”, completa. 

Como assistente de curadoria Helena Ramos também acompanha o processo de montagem e transporte das obras. Tudo extremamente detalhado. Há um profissional, o conservador, que acompanha a abertura de cada obra e faz um laudo sobre o seu estado de conservação, na chegada e na partida. 

Na seleção bauruense, as pinturas sem vidro de proteção e gravuras que são “coladas” diretamente na parede, por exemplo, são obras que exigem bastante atenção. 

Além disso, para Helena, as videoartes também demandam muito cuidado. Ajustar o som e a imagem de acordo como a obra foi concebida pelo artista também é uma arte.

Serviço
30ª Bienal de São Paulo – Seleção de Obras
A partir de hoje, às 20h até 23 de junho
Quando: IHorários de visitação: terça a sexta, das 8h às 12h (exclusivo para grupos agendados) e 13h às 21h30; Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h.
Onde:Sesc (avenida Aureliano Cardia, 6-71)
Quanto:Grátis
Informações:  (14) 3235-1751


Passagem única e inestimável

A seleção de obras chega a Bauru por meio da parceria firmada entre o Sesc São Paulo e a Fundação Bienal de São Paulo. O Sesc Bauru é uma das quatro unidades do interior de São Paulo que recebe a exposição.
Além das exposições, a parceria prevê ainda a realização de encontros de formação para professores e educadores em cada cidade, por meio do Educativo Bienal, com curadoria de Stela Barbieri. 
A vinda desta seleção é inestimável. Pouca gente se dispõe ir a São Paulo para acompanhar a Bienal", avalia o curador Wellington Coelho. “Esta aproximação é importantíssima”, diz Roberto Chinalha. “Gosto particularmente das instalações, você nunca sabe o que vem pela frente em relação à reação do público”, conta Roberto.

Quem é o curador

O venezuelano Luis Pérez-Oramas, curador-geral da 30.ª Bienal de São Paulo, é curador de arte latino-americana do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), escritor, poeta e historiador, com PhD em história da arte pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris). .

Quem trabalhou:
4 montadores finos
4 instaladores de audio
3 iluminadores técnicos
3 curadores
2 arquitetos
3 produtores
1 iluminador
3 produtores

Artistas que compõe a seleção:
Alberto Bitar – (Pará)
Ali Kazma – (Turquia)
Christian Vinck – (Venezuela)
Eduardo Berliner – (Rio de Janeiro)
Iván Argote & Pauline Bastard – (Colômbia e França)
Martín Legón – (Buenos Aires, Argentina)
Sofia Borges – (Ribeirão Preto)






terça-feira, 16 de abril de 2013

Rio RJ, Arte Sem Limites ( Unlimited ), 20 e 21/04/2013


Sem limites é a expressão perfeita para definir o trabalho desenvolvido por 30 artistas britânicos com e sem deficiência que participarão do Unlimited: arte sem limites nos dias 20 e 21 de abril, no Rio de Janeiro. O projeto, produzido pela People's Palace Projects, traz ao Rio uma mostra de algumas das mais bem sucedidas criações artísticas apresentadas durante as Olimpíadas Culturais de Londres, unindo música, dança, teatro, performance, cinema e artes visuais. Em parceria com o Sesc, o Unlimited oferecerá ainda oficinas para troca de experiências no trabalho desenvolvido pelos artistas.

Durante o fim de semana, três espetáculos chegam ao palco do Sesc Madureira. Marc Brew Company apresenta duas sensíveis coreografias contemporâneas, Remember When e Nocturne; e o elenco heterogêneo de atores e músicos do Graeae encena o vibrante musical Reasons to be Cheerful, baseada nas músicas do famoso grupo de rock The Blockheads.

O Sesc recebe também trabalhos de uma das mais renomadas artistas do Reino Unido, Bobby Baker, que mostra seus intensos e complexos desenhos na exposição Diary Drawings. Haverá ainda artes digitais idealizadas ao vivo por Gary Stewart (Dubmorphology) em parceria com os brasileiros Domenico e João Brasil (Taksi) e exibições dos curtas Creating the Spectacle, Twelve Seventy e doze curtas-metragens integrantes da coleção The PushMe Collection.

E, para que todos possam aproveitar esta programação cultural inclusiva e diversificada, o British Council oferecerá transporte gratuito saindo da Cinelândia rumo a Madureira. A realização do evento em Madureira está relacionada à descentralização das Olimpíadas Culturais e maior engajamento comunitário, estratégia adotada em Londres para promover acesso a programação artística durante os jogos.

Confira a programação completa aqui:
http://transform.britishcouncil.org.br/en/node/340.

Para conhecer o perfil dos artistas, acesse:
http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/artistas-participantes-do-unlimited-2013.

Fonte :
http://www.britishcouncil.org/br/brasil-artes-festival-unlimited.htm