A Fundação Bienal de São Paulo inaugurou neste sábado (21) a exposição 30 x Bienal - Transformações na Arte Brasileira da 1ª à 30ª Edição, que traz a trajetória artística do país nos últimos 60 anos, de 1951 até 2012, destacando a participação brasileira da primeira à última bienal
"Procurei encontrar correspondência entre a importância da Bienal e a importância na história da arte brasileira. É um pouco buscar o paralelo entre essas duas histórias que são complementares", disse o curador da mostra, Paulo Venancio Filho, que acredita que a Bienal é um dos elementos que estruturou a arte brasileira a partir da segunda metade do século 20.
A mostra traz 250 obras, que representam todas as edições da Bienal, feitas por 111 artistas. De acordo com o curador, a intenção é propor uma orientação não-cronológica, mas flexível, "que possa ultrapassar tempo e espaço sem, entretanto, deixar de observar a continuidade histórica de seis décadas".
"Selecionar (as obras) foi uma tarefa difícil, complicada, porque participaram das 30 edições cerca de 1.700 artistas. Tive de fazer uma redução muito drástica, cheguei a esse número de 111, que acho que é um número representativo desse período", disse Venancio.
A exposição traz um panorama das influências presentes na Bienal, que abrange desde a abstração geométrica ao concretismo, a arte pop, a geração conceitual e o reflexo dessas escolas na produção dos artistas de hoje.
"A bienal ainda é o grande evento artístico do Brasil. Fundamental para as artes plásticas e para a cultura brasileira. Hoje, as artes plásticas têm um papel maior, mas há 60 anos ninguém sabia o que era, a Bienal deu uma dimensão pública para as artes plásticas", afirmou Venancio.
A exposição ocorre até 8 de dezembro no prédio da Fundação Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera, Portão 3.
Agência Brasil
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