segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CAMPANHA LAÇO BRANCO

CAMPANHA LAÇO BRANCO

A violência masculina contra as mulheres é consequência da desigualdade de gênero.
Nossa sociedade valoriza mais o papel masculino o que podemos constatar na forma como os meninos e as meninas são educados. Os meninos recebem incentivos que valorizam a agressividade, a força física, a ação, enquanto as meninas são valorizadas pela beleza, meiguice, submissão,
passividade e o cuidado com os outros. E isso resulta em regras para os papéis masculino e
feminino, facilitando grande parte da violência contra a mulher.

Em direção oposta a essas disparidades surgiu a Campanha Laço Branco:

Homens Contra a Violência à Mulher!

Esse movimento, liderado por homens, trabalha no envolvimento da população masculina na luta pelo fim da violência doméstica. A Campanha Laço Branco teve início no Canadá, em 1991, dois anos após o “Massacre de Montreal”, quando um jovem armado de um rifle, gritando “morte às feministas”, fuzilou 14 estudantes do sexo feminino na Faculdade de Engenharia da Universidade de Montreal.

Atualmente, a  recomendação é para  que os homens usem o LAÇO BRANCO como símbolo da campanha, no dia 06 de dezembro, data desse massacre.

Lema da campanha: “Jamais cometer um ato de violência contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência”.

No Brasil, essa campanha teve pré-lançamento em Brasília, em 1999, pelo Instituto NOOS – Instituto Promundo, Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, sendo lançada oficialmente no dia 08/03/2001 – Dia Internacional da Mulher.

Fernando Acosta, psicólogo, cita algumas afirmações de agressores contra a mulher:

1 -  “...olhe, eu pratico violência, eu não
quero praticar, só que não sei o que fazer com isso...”

2 - “Sou compulsivo em termos de violência
contra a mulher, preciso de ajuda...”

3 - Ainda Fernando Acosta: a) “A violência é tão corriqueira que muitos
homens não a identificam. É uma geração que foi
criada para não levar desaforo para casa.”
(Fernando Acosta, 30/06/2004); e
 b) Muitos homens demoram a reconhecer a
agressão doméstica como violência, acham que
violência é outra coisa, como por exemplo, dar
tiros na rua”.

Importante: Tomar conhecimento do Capítulo II – DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA, Seção II, da Lei 11.340 – Lei Maria da Penha.
Curitiba, 05 de dezembro de 2011
Dirce Clève - Coordenadora Regional do programa: Soroptimistas Contra o Tráfico de Mulheres

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