Nona edição da SP-Arte reúne 120 galerias na Bienal, com obras que chegam a valer mais de R$ 14 mi |
Começou na última quarta-feira (3), na Bienal do Parque Ibirapuera, em São Paulo, a nona edição de uma das mais importantes feiras de artes do mundo, a SP-Arte.
Com o prestígio adquirido ao longo dos últimos nove anos, a feira chama a atenção em todo o mundo, e não é à toa que nesta edição o evento traz as cinco mais importantes galerias de arte do planeta.
Gagosian, White Cube, Pace, David Zwirner e Hauser & Wirth são responsáveis, juntas, pelo topo do faturamento global de arte. Para a capital, as famosas galerias trazem peças que chegam a valer R$ 14 milhões (os preços exatos são mantidos em sigilo), de nomes como Alberto Giacometti, Gerhard Richter e Pablo Picasso.
Entre as galerias brasileiras destaque para DAN, Fortes Vilaça, A Gentil Carioca, Luisa Strina, Luciana Brito, Mendes Wood, Millan, Nara Roesler e Paulo Kuzcysnki.
Ao todo, a edição 2013 da SP-Arte conta com 122 galerias de 16 de países diferentes, sendo 81 nacionais e 41 estrangeiras. A feira é a única de arte no Hemisfério Sul a reunir o tão significativo grupo de galerias líderes do mundo.
“A nona edição da SP-Arte reúne um conjunto excepcionalmente representativo de galerias, o que permitirá oferecer aos visitantes uma oportunidade única de conferir o mais amplo panorama da arte contemporânea mundial já exposto em uma feira do país” afirma Fernanda Feitosa, idealizadora e diretora da mostra.
O que pode ajudar o País a crescer num mercado onde ele corresponde à apenas 1% do total global. Segundo um estudo da empresa holandesa Tefaf , divulgado em março, o Brasil vendeu cerca de R$ 1,2 bilhão em arte no ano passado. Um resultado que, pelo tamanho da sua feira, pode se tornar ainda maior.
Além disso, outro fator que tem atraído a vinda das mais importantes galerias de arte do mundo é isenção de impostos, e o desconto se dá logo quando as obras chegam ao Brasil. Fora do período de SP-Arte e da feira ArtRio, no Rio de Janeiro, a tributação na alfândega brasileira chega a 50% do valor de cada obra. Para as galerias brasileiras, a isenção é menor e diz respeito ao ICMS e fica em torno de 7%.
A diretora Fernanda Feitosa reforça ainda que o crescimento do evento é resultado de um trabalho gradativo que também consolida o Brasil no mapa mundial das grandes feiras: “A vocação natural da feira de ampliar a visibilidade do mercado de arte de forma altamente profissional certamente contribui significativamente para esse cenário e para a formação de novas gerações de colecionadores”, afirma ela. “O interesse do brasileiro por esse mercado vem se intensificando cada vez mais ao longo das edições anteriores de SP-Arte e, paralelamente, tem havido um reconhecimento de artistas brasileiros em todo o mundo. Galerias, museus e colecionadores estão investindo em nosso país e em nossa produção artística.”
Na Bienal, as milhares de obras expostas estão distribuídas em 3 três pisos que somam cerca de 17 mil m² de área de exposição.
Algumas dessas áreas, inclusive, são exclusivas. O modelo “private room”, ou salas privadas, são reservados para as vendas mais especiais, cujos compradores exigem discrição e certo privilégio para contemplar as obras que desejam e que costumam custar cifras milionárias. Esse modelo de salas foi inspirado nos elaborados em feiras fora do País.
Parcerias
Com o objetivo de integrar o circuito paulista das artes durante o evento, a SP-Arte ampliou o programa de parcerias com museus e instituições. O visitante desta edição que adquiriu ingressos para o Museu de Arte Moderna (MAM), Museu da Imagem e do Som (MIS), Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Contemporânea (MAC), Sesc Pompeia, Centro Cultural São Paulo (CCSP) e Itaú Cultural, recebeu um convite para visitar a feira nesta final de semana.
Oi Futuro/Iguatemi
José Marton, artista visual, designer e colecionador de arte contemporânea brasileira, foi convidado para criar o Lounge Oi/Iguatemi, localizado dentro da feira.
O espaço abriga as atividades que a Oi/Iguatemi oferecem durante a SP-Arte, como lançamento de revistas e livros, entre eles “Além Cinema”, uma retrospectiva da carreira do cineasta Neville D’Almeida nas artes visuais, e também “Órbita”, que traz farto material de toda a trajetória do artista multimídia Xico Chaves.
Durante o evento, o lounge convida os visitantes a explorarem os sentidos, com apelo visual, também por meio do som, que estará disponível em fones de ouvido, além de texturas e fragrâncias. Para proporcionar conforto aos visitantes, Marton revestiu as estruturas que se assemelham a arquibancadas, prolongamentos dos elementos do gazebo, com almofadas, como um convite ao relaxamento, conforto e bem-estar.
Serviço:
SP-Arte. Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Bienal). Endereço: Parque do Ibirapuera, Portão 3. Ingressos: R$ 30, inteira, e R$ 15, meia. Dias: De 3 a 7 de abril. Horários: quinta (4) e sexta-feira (5), das 14h às 22h; sábado (6) e domingo (7), das 12h às 20h.
Fonte :
http://www.panoramabrasil.com.br/diversao-e-arte/sparte-cresce-e-ganha-prestigio-internacional-id106139.html
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