terça-feira, 19 de junho de 2012

Brasilia na Poesia de Nicolas Behr




BRASÍLIA NA POESIA DE NICOLAS BEHR: IDEALIZAÇÃO, UTOPIA E CRÍTICA
Autor: FURIATI, GILDA MARIA QUEIROZ 
Editora: EDU - UNB

Ficha Técnica

ISBN: 9788523010270
Origem: Nacional
Ano Edição: 2012
Edição: 1
Formato: 21x21cm
Nº Paginas: 128
Idioma: PORTUGUÊS
Peso: 0,4 

Sinopse

CORAÇÃO (E IRA) DE POETA - O mais brasiliense dos poetas virou objeto de estudo acadêmico. "Brasília na poesia de Nicolas Behr: idealização,utopia e crítica" é o título da dissertação demestrado de Gilda Furiati, do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB. O mais bresiliense dospoetas, aquele quemais poesia dedicou à cidade, esranha, reage, ironiza, desfaz e refaz a capital modernista que o acolheu quando ele era adolescente. Para dar conta de viver numa cidade nunca dantes imaginada, diferente de tantas quantas há no mundo, o mais brasiliense dos poetas fustiga a invenção de Lúcio Costa com o chicote da poesia marginal naqueles sufocantes anos 1970, e é por aí que Gilda Furiati começa. Talvez Behr tenha sido a primeira voz poética que ressoou dentro de Brasília sem o rastro de ufanismo que a construção da cidade deixou na retórica dos que poetavam a cidade. Rastro que permanece at´hoje, ressalve-se. A autora do estudo cruza a poesia de Behr com textos de onde opoeta tirou sedimentos para compor sua obra. Dosmuitos, Gilda Furiati escolheu seis, entre eles o "Relatório do Plano Piloto de Brasília, A cidade modernista", de James Holston, "História da Terra e do Homem no Planalto Central", de Paulo Bertran, e as duas cérebres crônicas deClarice Lispector sobre a cidade. Nicoleas Behr estranha o desenho modernista: "bem, o sr. já nos mostrou/os blocos, as quadras, os/gramados, os eixos, os monumentos...". Estranha, tembém, e tanto quanto, a arrogância dos poderosos, sejam eles realmente poderosos ou apenas iludidos."não, o poeta não pode subir/também não pode falar com o síndico/pelo interfone, muito menos ficar/embaixo do bloco. O poeta pode se/matar? pode sim, mas sem sujar/o piso e os pilotis." O poeta precisa anotar, declamar, recitar, escrever a cidade onde vive, ora irado, ora desdenhoso, ora desalentado. Mas só assim, ponto a ponto, palavra por palavra, ele consegue habitá-la. "blocos eixos/quadras/senhores, esta cidade/é uma aula de geometria." Para usar um termo da autora, Nicolas Behr "ressignifica" a cidade a partir do seu próprio estranhamento. Ainda que Brasília arranhe a garganta do poeta, ele se deixa capturar pelo lirismo: "alguma coisa acontece/no meu coração/que só quando cruzo/a W3 L2 sul/ou eixão". E deckara que Brasília é vínculo para sempre: "enterrem meu coração na areia/do parquinho da 415 sul/e deixem meu corpo/boiando no Paranoá". CONCEIÇÃO FREITAS (Crônica publicada na coluna "Crônica da Cidade", da jornalista Conceição Freitas, no jornal Correio Braziliense, em 20 de junho de 2007)

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