Um pouco do Brasil no CineCAL
Após os filmes, debate com o cineasta Adirley Queirós e alunos de escolas públicas
O Brasil da fé, da resistência cultural, dos romeiros, da musicalidade poética, das desigualdades sociais e da periferia urbana poderá ser visto em imagens na próxima edição do CineCAL no Museu. Com exibição na tarde do dia 21 de junho (quinta-feira), os quatro curtas foram realizados por cineastas de diferentes regiões do país: o paraense Vitor Souza Lima narra, por uma nova ótica, a procissão do Círio de Nazaré, em Belém do Pará; o cearense Joe Pimentel retrata a arte dos fotógrafos populares das cidades do interior nordestino; o gaúcho Jorge Furtado descreve a dinâmica da economia que gera desigualdades sociais e Adirley Queirós, do Distrito Federal, mostra a relação entre a arte do rap produzida na Ceilândia com a construção dessa cidade satélite do Distrito Federal.
Realizado pela Casa da Cultura da América Latina da UnB, o CineCAL no Museu foi criado em outubro de 2008, com a proposta de resgatar, analisar e discutir temas diversos por meio do audiovisual. Logo, após a exibição dos documentários, haverá debate. Desta vez, os convidados são o cineasta Adirley Queirós e o diretor da Casa da Cultura da América Latina, Zulu Araújo. Os filmes têm censura livre e entrada franca.
Programação
Mãos de Outubro (Brasil). Direção de Vitor Souza Lima, 20 minutos, 2009. Outubro de festa. Romeiros, operários, escultores, estilistas, decoradores, guardas da Santa, fogueteiros, promesseiros, tocadores de sinos. Todas as classes, todas as idades. Todas as mãos que constroem a maior manifestação de fé do Brasil.
Câmara Viajante (Brasil). Direção de Joe Pimentel, 20 minutos, 2007. Documentário que retrata o universo e o ofício dos fotógrafos populares que atuam nas festas, feiras e romarias do interior nordestino. A visão do artista do retrato pintado, suas técnicas e seu trabalho.
Ilha das Flores (Brasil). Direção de Jorge Furtado, 13 minutos, 1989. Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
Rap, O Canto da Ceilândia (Brasil). Direção de Adirley Queiroz, 2005, 15 minutos. Diálogo com X, Jamaika, Marquim e Japão, quatro consagrados artistas do rap nacional, todos moradores da Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. O filme mostra a trajetória desses integrantes do universo da música e faz um paralelo com a construção da cidade onde moram.
Serviço:
Evento: CineCAL no Museu - Curtas Brasileiros
Dia: 21 de junho (quinta-feira)
Hora: 14h
Local: Museu do Complexo Nacional da República (Esplanada dos Ministérios, ao lado da Biblioteca Nacional)
Realização: Casa da Cultura da América Latina da UnB (CAL/DEX) e Museu Nacional da República
Apoio: Secretaria de Educação do GDF
Coordenador do projeto: Antonio Carlos Maranhão, 3321.5811, 3245.5057 e Rômulo Juracy, 3321.5811 e 8623.1391
Brasília 2012
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