Marcelino Cruz - Brasilia em Outdoors

MARCELINO CRUZ
BRASÍLIA EM OUTDOORS


Artista nascido no Piauí e formado em artes plásticas pela Universidade de Brasília, Marcelino é também professor da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Um de seus esforços como educador é o da conscientização sobre a necessidade de preservação e revitalização de Brasília, a capital federal tombada pela UNESCO como patrimônio mundial, constantemente ameaçada pelo descaso, pelo abandono e pela falta de manutenção de sua arquitetura única. Das descuidadas superquadras ajardinadas, das invasões urbanas descontroladas e da poluição visual que castiga a imagem atual da cidade, o artista cava sua inspiração e faz por conta própria a sua diferença: limpar, reciclar, criar e conscientizar por meio de sua arte.


A exposição retrata Brasília, a cidade de arquitetura de traços leves, mas continuamente maculada pela poluição visual causada por faixas, cartazes e placas que ferem o seu tombamento. Informação em excesso ou desinformação?


O refugo desse caos visual, composto de materiais descartados e abandonados pela cidade, influencia o imaginário do artista e serve de base para as suas obras. Ao mesmo tempo em que conta uma breve história de Brasília, Marcelino dá sua contribuição ao limpar a cidade e ajudar a preservar o meio ambiente.


A história contada em suas obras remete aos primeiros habitantes do Planalto Central: desde os índios e os primeiros proprietários de fazendas, passando pelos pioneiros e chegando até a numerosa população que aqui se fixou e que interfere a cada dia na imagem da Capital. Sua população é direta e indiretamente responsável pelas mudanças percebidas em sua imagem recente. A cidade que marcou uma época, composta de edificações traços limpos, cobogós e pilotis, hoje se confunde com todas as outras que sofrem do mesmo mal: a poluição visual. Brasília tem como grande exemplo o comércio da avenida W3, que deixou de ser sóbrio e convidativo para se transformar numa vitrine repleta de diferentes informações, grafias e fachadas, com suas calçadas sempre vazias, acuadas pelo intenso fluxo de veículos. Quase tudo o que é escrito pela cidade fere seu tombamento e o que lhe foi planejado. Os postes antes longilíneos, agora descaracterizados, apresentam uma silhueta diferente, com placas, faixas e adesivos que chamam a atenção de quem passa com homenagens, propagandas e até mesmo a oferta de serviços domésticos e espirituais.


Outdoors duelam com faixas de pano fincadas em áreas verdes, grafites e placas de lojas, numa gigantesca e diversificada amostra de materiais. Caros ou baratos, elaborados ou despretensiosos, legais ou ilegais, não há controle. Quem aparece mais? Não há um vencedor, não há um sequer que se destaque. Há apenas um todo que parece ter vida própria e a escusa pretensão de crescer cada vez mais e cobrir a cidade por completo.


Fábio Almeida Prado
Curador


Serviço: 
MARCELINO CRUZ - BRASÍLIA EM OUTDOORS

Galeria Almeida Prado e Café Savana
Curadoria: Fábio Almeida Prado
Coquetel de abertura: 07 de abril de 2011, às 20h30
Visitação: de 07 a 18 de abril de 2011. De segunda a domingo, das 12h às 14h e das 20h às 23h
Local: Espaço Cultural do Café Savana. SCLN 116 Bloco “A” Loja 04, Asa Norte.
Brasília – DF / Brasil


INFORMAÇÕES:
GALERIA ALMEIDA PRADO (61) 8147-1545
SCLN 405 Bloco D Loja lateral 67, Brasília - DF
galeriaalmeidaprado@gmail.com
www.galeriaalmeidaprado.com
Twitter: galeria _de_arte  |  Facebook: galeria almeida prado


CAFÉ SAVANA (61) 3347 – 9403
SCLN 116 Bloco “A” Loja 04, Asa Norte.  Brasília – DF
www.cafesavana.com.br
Facebook: café savana